Hoje estamos longe do problema de simplificar demais. Complicamos tanto que dificilmente conseguimos chegar ao nível da simplicidade possível.
Este problema se manifesta também na religião e, importante distinguir entre os dois, no Corpo de Cristo.
Hoje, muitos pensam que a Teologia é a grande resposta aos problemas da igreja de Deus.
Esta nova onda se junta a outras complicações espirituais: prédio próprio, púlpito, acessórios especiais para a ceia (bandeja, copinhos), roupas especiais (aqui a Religião prima), diplomas, programas, escolas da Bíblia — a cada hora a lista se estende mais.
Para que a Boa Nova de Cristo cresça o mais rápido possível, precisamos restaurar a forma mais simples possível, mas não mais simples do que o necessário.
Esta forma mais simples já existe no padrão bíblico.
A esta altura precisamos distinguir entre acessórios e acréscimos.
Um acessório não muda a essência do ato ou da prática. Ter um hinário, por exemplo, não modifica o ato de cantar hinos a Deus. Outra: ter bandeja e copinhos na ceia do Senhor não modifica a natureza do ato.
Agora, um acréscimo, sim. Este modifica a natureza do ato. A ceia do Senhor é um memorial; a afirmação que nela acontece um milagre é um acréscimo. Outra: usar um instrumento de música é um ato diferente do que o de cantar.
Um acréscimo sempre fere a palavra de Deus. Um acessório facilita cumprir a palavra de Deus.
O acréscimo, portanto, traz o juízo de Deus. O acessório é indiferente, mas pode ser mais ou menos eficaz. Queremos usar apenas os acessórios que sejam mais eficazes na obra de Deus.
É nesta questão da eficácia dos acessórios onde queremos inserir a discussão sobre a simplicidade. Pois em termos do ensinamento da verdade, damos graças a Deus que, em linhas gerais, o corpo de Cristo na nossa região tem preservado a verdadeira graça.
Queremos, então, reavaliar nossos acessórios para fazer uma obra enxuta e vigorosa, capaz de se reproduzir facil e rapidamente.